No dia 13 junho, a
Igreja Católica celebra o dia de Santo Antônio de Pádua, um dos santos mais
populares, venerado não somente em Pádua, onde foi construída uma basílica que
acolhe os restos mortais dele, mas no mundo inteiro. Santo Antônio Nasceu em
Lisboa, em uma família nobre, por volta de 1195, e foi batizado com o nome de
Fernando. Começou a fazer parte dos cônegos que seguiam a regra monástica de
Santo Agostinho, primeiramente no mosteiro de São Vicente, em Lisboa, e depois
no da Santa Cruz, em Coimbra, renomado centro cultural de Portugal. Dedicou-se
com interesse e solicitude ao estudo da Bíblia e dos Padres da Igreja,
adquirindo aquela ciência teológica que o fez frutificar nas atividades de
ensino e na pregação. Começou,
assim, na Itália e na França, uma atividade apostólica que levou muitas pessoas
que haviam se separado da Igreja a retomarem sua participação e engajamento na
vida eclesial.
Nomeado
como superior provincial dos Frades Menores da Itália Setentrional, Antônio
continuou com o ministério da pregação, alternando-o com as tarefas de governo.
Antônio nos recorda que a oração precisa de uma atmosfera de silêncio, que não
coincide com o afastamento do barulho externo, mas é experiência interior, que
procura evitar as distrações provocadas pelas preocupações da alma. Para Santo
Antônio, a oração se compõe de quatro atitudes indispensáveis que, no latim,
definem-se como: obsecratio, oratio, postulatio, gratiarum actio. (Extraído e
adaptado da Catequese do Papa Bento XVI no dia 10 de fevereiro de 2010).
Santo casamenteiro
Assim
é invocado pelas pessoas que desejam se casar e lembrado pelo nosso folclore.
Certa senhora, no desespero da miséria a que fora reduzida, decidiu valer-se da
filha, prostituindo-a, para sair do atoleiro. Rezava com grande confiança e
muitas lágrimas diante da imagem quando, das mãos do Santo, caiu um bilhete que
foi parar nas mãos da moça. Estava endereçado a um comerciante da cidade e
dizia: "Senhor N..., queira obsequiar esta jovem que lhe entrega este
bilhete com tantas moedas de prata quanto o peso do mesmo papel. A jovem não
duvidou e correu com o bilhete na mão à loja do comerciante. Daí por diante, as
moças começaram a recorrer a Santo Antônio sempre que se tratava de casamento.
Santo das coisas perdidas
Esta
tradição é antiquíssima, encontrando-se menção dela no famoso responsório
"Si quaeris miracula", extraído do ofício rimado de Juliano de
Espira. A crença pode estar ligada a episódios da vida de Santo Antônio como
este: Quando ensinava teologia aos frades em Montpeilier, na França, um noviço
fugiu da Ordem levando consigo o Saltério de Frei Antônio, com preciosas
anotações pessoais que utilizava nas suas lições.
O "pão dos pobres"
Essa
prática consiste em doações para prover de pão os pobres, honrando assim o
"protetor dos pobres" que é Santo Antônio. Uma tradição liga essa
obra ao episódio de uma mãe cujo filho se afogou dentro de um tanque, mas
recuperou a vida graças a Santo Antônio. A mulher prometera que, se o filho
recuperasse a vida, daria uma porção de trigo igual ao peso do menino. Por
isso, no começo, esta obra foi conhecida como a obra do "pondus
pueri" (peso do menino). Outra tradição relaciona a obra do pão dos pobres
com uma senhora de Tbulon, chamada Luísa Bouffier. Fez, então, uma promessa ao
santo: se conseguisse abrir a porta sem arrombá-la, doaria aos pobres uma
quantia de pães. Daí por diante, as petições ao santo foram se multiplicando em
diferentes necessidades. A benéfica obra do "pão dos pobres" teve
extraordinário desenvolvimento, com diferentes modalidades, e hoje é conhecida
em toda parte.