quarta-feira, 31 de julho de 2013

ROYAL CANIN - Marca de ração é acusada de patrocinar rinha de cães contra ursos

Nesta semana a organização internacional de bem-estar animal FOUR PAWS publicou um vídeo perturbador que prova que a Royal Canin patrocinou uma rinha brutal e ilegal na Ucrânia. A primeira resposta da empresa, produtora francesa de ração animal a nível global, é vaga e evasiva. Com uma carta internacional de protesto, a FOUR PAWS está chamando a companhia a finalmente admitir a responsabilidade pela barbárie.

O vídeo publicado pela FOUR PAWS na terça-feira passada está causando indignação mundial entre os defensores de direitos animais. Ele mostra um urso acorrentado sendo brutalmente atacado por vários cães de caça como parte de um evento patrocinado pela Royal Canin na Ucrânia, e já foi visualizado centenas de milhares de vezes no YouTube. Milhares de pessoas juntaram-se ao protesto da FOUR PAWS e enviaram e-mails à companhia. Milhares de clientes decepcionados estão expressando sua ira contra a empresa nas redes sociais.

“Apesar da crescente pressão na mídia e da intensa reação do público, a Royal Canin ainda não mostra interesse em falar sobre o assunto. Desculpas fracas e comentários de que eles não estavam sabendo do envolvimento dos ursos demonstram uma ignorância inaceitável por parte de uma companhia que deveria assumir a responsabilidade de uma vez por todas”, disse Dr. Amir Khalil da FOUR PAWS. Os troféus estilizados para a disputa tornavam clara a referência à rinha, e tinham a seguinte inscrição: “Segundo campeonato entre cães caçadores, ursos e feras selvagens”. Aceitar a responsabilidade significa genuinamente prestar suporte aos ursos que foram torturados neste evento. E este é exatamente o tipo de solução que estamos buscando juntamente com as autoridades ucranianas”, especifica Khalil.

Troféus carregando o logotipo da ROYAL CANIN aguardando para serem entregues aos tutores dos cães. (Foto: FOUR PAWS)

Troféus carregando o logotipo da ROYAL CANIN aguardando para serem entregues aos tutores dos cães. (Foto: FOUR PAWS)

Em uma declaração inicial, a Royal Canin disse que estava “chocada e profundamente contrariada” a respeito do incidente. No entanto, a companhia não pronunciou uma palavra quanto ao que deverá ser feito agora com os ursos vitimados. Eles meramente disseram que a unidade da empresa na Ucrânia  “tomou medidas para parar com qualquer tipo de patrocínio a eventos contrários aos princípios éticos de bem-estar animal da companhia, e que todos os escritórios da Royal Canin do mundo todo já foram novamente avisados”.

Além disso, o site da Royal Canin da Alemanha declara que “a filial da Ucrânia patrocinou um evento inadvertidamente”. Khalil disse que isso não é verdade. “Nós temos provas de que a Royal Canin não patrocinou só o evento de 2013. Durante a nossa pesquisa, recebemos material provando que um torneio similar em Fevereiro de 2012 também foi patrocinado pela Royal Canin”.

A filial da empresa na Suíça disse aos jornalistas nesta semana que eles não sabiam nada sobre “eventos como este”. A FOUR PAWS também pode desmentir isso. Amir Khalil contou que em Maio de 2013 ele contatou todos os escritórios europeus da Royal Canin onde a FOUR PAWS tem um escritório – incluindo a Suíca – e também a matriz na França.

“Nós os confrontamos com o material de denúncia e solicitamos uma reunião pessoal. Este encontro tem sido recusado até hoje”, acrescentou.

A FOUR PAWS estima que haja entre 15 e 20 ursos usados como isca de cães na Ucrânia. A organização deseja dar a eles um futuro digno – construindo um refúgio para eles no país. Para isso, a ONG precisa do suporte das autoridades ucranianas, mas também da Royal Canin.

A fita com o logotipo da empresa prova o seu apoio ao evento cruel. (Foto: FOUR PAWS)

A fita com o logotipo da empresa prova o seu apoio ao evento cruel. (Foto: FOUR PAWS)

Mais detalhes sobre o caso

A FOUR PAWS está em posse de um vídeo documentando um torneio patrocinado pela ROYAL CANIN, ocorrido em Abril de 2013 nas florestas da região de Vinnytsia, na Ucrânia. Por diversas horas, com intervalos de aproximadamente 10 minutos, dois ou três cães são induzidos a atacar um urso pardo acorrentado.

Uma plateia assiste aos cães atacando e mordendo o urso que se encontra sem possibilidade de defesa. Ele não consegue sequer se mover, amarrado à curta corrente. Vários homens seguram a corrente e controlam cada movimento do urso, arrastando-o ao redor da área de combate. Um árbitro marca pontos para os cães. Troféus carregando o logotipo da ROYAL CANIN ficam sobre uma mesa, aguardando para serem entregues aos tutores.

Foto: FOUR PAWS

Foto: FOUR PAWS

Torneios desse tipo ocorrem de quatro a seis vezes por ano em campos de treinamento especiais para cães na Ucrânia. A FOUR PAWS tem provas de que a Royal Canin patrocinou diversos desses horrendos espetáculos por vários meses. A Royal Canin confirmou à FOUR PAWS o seu envolvimento no evento de Abril, mas declinou em aceitar marcar uma reunião para falar sobre o assunto.

A FOUR PAWS exige que a Royal Canin não só pare de patrocinar esses torneios de uma vez por todas, como também pede que a empresa assuma a responsabilidade pelo futuro dos ursos torturados.

A ONG estima que 15 a 20 ursos sejam explorados como “isca” atualmente nesses torneios da Ucrânia. Eles vivem vidas sofridas em minúsculas jaulas com nada além de um chão de concreto, e somente são soltos destas jaulas para “treinamento” ou para serem atacados pelos cães. Eles geralmente recebem comida e água em quantidade insuficiente, para transformá-los em oponentes mais fracos para o ataque. A maioria também tem as suas garras removidas.

Esses ursos vêm de zoológicos, circos e da natureza. Eles são tirados de suas mães com poucos meses de vida. A FOUR PAWS documentou em vídeo no ano passado o quão cruel isso é tanto para a mãe quanto ao filhote. Em maio de 2012, negociantes de animais pegaram uma fêmea filhote, Nastia, de um zoológico em Lutsk. Ela tinha apenas quatro meses de idade e gritava enquanto era brutalmente arrancada de sua mãe. Ela foi forçada para dentro de uma jaula minúscula e levada para Vinnytsia. Em julho de 2012 a ONG foi capaz de libertá-la das mãos dos traficantes e levá-la de volta para a sua mãe. Em novembro de 2012, Nastia pode ser removida para o Centro de Resgate de Ursos Nadiya Bear, em Zhytomyr, que tinha acabado de ser construído pela FOUR PAWS. De acordo com a ONG, no local há espaço para pelo menos mais dois ursos.

Atualização de 26 de Julho

A Royal Canin contatou oficialmente a FOUR PAWS e um encontro frente a frente foi agendado entre ambas para a próxima terça-feira. Neste encontro a FOUR PAWS irá enfatizar a necessidade de uma solução definitiva para os ursos explorados neste escândalo.

O que você pode fazer para protestar?

Clique no link abaixo e envie uma mensagem de protesto à Royal Canin
https://www.facebook.com/royalcanindobrasil

Fonte: FOUR PAWS

Comentários:

Quando eu penso que a humanidade está aos poucos tomando consciência em relação aos animais, eu me deparo com notícias assim. Uma das melhores formas de protestar contra este absurdo é parar de comprar está marca de ração. A desculpa da empresa é que foi um “incidente”, vocês por um acaso saem patrocinando qualquer coisa sem ao menos saber e analisar do que se trata realmente. 

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sábado, 27 de julho de 2013

Por que a semana é dividida em sete dias?

Você já teve a curiosidade de saber por que essa mania com o número sete? Como diria aquela música da Rita Lee, são sete dias da semana, sete notas musicais, sete pecados capitais. E tem muito mais setes por aí. Com relação aos dias da semana, você sabe de onde vem essa divisão numérica? Quem afinal decidiu que seria assim?  

Os povos antigos que começaram a separar a semana em sete dias foram os babilônicos e os judeus. É provável que você tenha estudado – se vai lembrar, já é outra história – que os babilônicos criaram um calendário lunar, o que explica a divisão da semana em sete dias. Cada mês lunar é dividido em vários ciclos que nos permitem ver a Lua da sua forma mais minguante à mais cheia, certo? Cada um desses ciclos dura aproximadamente sete dias.

As fases da Lua não duram exatamente uma semana e é por isso que, por volta do século 6 a.C., tanto babilônicos quanto judeus costumavam ter um calendário com três semanas de sete dias e uma semana de oito ou nove dias, para sincronizar exatamente os dias da semana com as fases da Lua.

Convenções

Fonte da imagem: Reprodução/Flickriver

O sétimo dia da semana era considerado sagrado, tanto para os babilônicos quanto para os judeus – da mesma forma que muita gente ainda faz. Além disso, os babilônicos também acreditavam que o sétimo dia da semana era um dia de azar e que, por isso, era recomendável ficar em casa, para evitar que qualquer coisa ruim pudesse acontecer.

Os judeus acrescentaram ao calendário o dia sabático, que é uma palavra de origem hebraica e que significa “dia de descanso” – expressão também usada na Bíblia, na descrição da criação do mundo e do descanso divino no sétimo dia. Com o passar do tempo, aquela semana que tinha oito ou nove dias foi passando a ter somente sete, para que tudo ficasse igualzinho e para que o sétimo dia descanso fosse o último da semana.

Essa alteração foi oficializada pelo imperador Constantino, em 321 d.C. Devido à influência do Império Romano, o padrão foi adotado em praticamente todas as regiões o mundo e é mantido até os dias de hoje.

FonteToday I Found Out / Mega Curioso

domingo, 14 de julho de 2013

Dica de Filme: João e Maria: Caçadores de Bruxas

Não é de hoje que Hollywood vem visitando os clássicos contos infantis para apresentar uma "nova" versão. Algumas dessas incursões deram certo, outras nem tanto.  João e Maria: Caçadores de Bruxas, pertence ao primeiro time e tem tudo para agradar boa parte do público brasileiro.
Foto - FILM : 175244Na história, os irmãos abandonados na floresta pelos pais acabam na "doce" casa de uma bruxa, mas conseguem se livrar da malvada e tornam-se verdadeiros detonadores dessa gente do mal. Tendo como inspiração o clássico dos irmãos Grimm, o desconhecido Tommy Wirkola escreveu e dirigiu o filme sem querer reinventar a roda ou explicar a origem da pólvora. Nessa aventura, pelo contrário, vamos direto ao ponto que é a diversão.
A dupla matadora é marrenta ("Bruxa boa é bruxa morta"), boa na pancadaria, fala palavrões e usa umas traquitanas bastante estilosas para eliminar os inimigos. Com tiros e sopapos para todos os lados, o sangue jorra em conluio com o deboche, mostrando o leve flerte com os "trash movies", e escancarando as portas para o humor. Além disso, o figurino honesto e os efeitos especiais funcionam bem. Entre as curiosidades, o espectador mais atento vai encontrar e reconhecer a "doença do açúcar". Do elenco, destaca-se a boa química entre Jeremy Renner e Gemma Arterton (como irmãos) e Famke Janssen, como bruxa má, não deixe a varinha, quer dizer, a peteca cair.
Foto - FILM - Hansel and Gretel: Witch Hunters : 175244Com uma levada acelerada, o roteiro tem um pequeno mistério a ser revelado, que remete ao conto original. Seu ritmo é bom (tem uma pequena barriga) e conduz os elementos da trama de maneira objetiva para o clímax. Para aqueles que procuram (alguns vivem procurando) motivos para reclamar disso ou daquilo, falhas existem, mas nota-se claramente o compromisso em ser puro entretenimento. Dessa forma, é perfeitamente seguro seguir essa trilha que não é de migalhas de pão e sim de robustos pedaços de curtição.

Fonte: Adoro Cinema

Comentário:

Prepara sua pipoca e seu refrigerante, eu adorei o filme, prendeu minha atenção do começo ao fim, um ótimo roteiro.

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terça-feira, 9 de julho de 2013

Espionagem americana no Brasil: o que é preciso saber?

Espionagem americana no Brasil: o que é preciso saber?

(Fonte da imagem: Reprodução/Extra)

Nas últimas semanas, surgiram novas denúncias de que os Estados Unidos estariam espionando pessoas em todo o mundo, graças a sistemas de rastreio infiltrados em serviços como Facebook, Google e Skype, além de redes móveis e outras conexões de dados. O grande destaque desta vez é o embasamento das informações, pois elas vêm de um ex-agente da CIA e somam mais de 5 mil documentos.

E algo que chamou bastante a atenção de todos é o fato de que o Brasil estaria no foco das espionagens. Isso mesmo, grandes empresas e até mesmo o governo do Brasil estariam sendo vigiados de perto por agentes infiltrados da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos. E isso iria muito além da já conhecida justificativa do “combate ao terrorismo”. Há informações de que essa espionagem teria interesses muito maiores.

Espionagem americana no Brasil: o que é preciso saber?

(Fonte da imagem: Reprodução/ABC News)

Quem levou toda essa história ao público foi o jornalista Glenn Greenwald, que teve acesso às informações diretamente por Edward Snowden. E desde que as histórias começaram a ser publicadas pelo jornalista, novas denúncias começam a brotar de todos os lados. O que causou alguns desconfortos bem evidentes em todos os países envolvidos — apesar de serem negadas quaisquer crises diplomáticas.

Agentes infiltrados no Brasil

Em uma entrevista realizada para a TV Globo, o jornalista Glenn Greenwald afirmou que há muitas evidências de que alguns dos diplomatas norte-americanos que atuam no Brasil são na verdade agentes disfarçados. Isso teria sido feito para que fosse mais próximo o contato das agências de espionagem e segurança dos EUA aos possíveis alvos dos rastreios de informações.

Espionagem americana no Brasil: o que é preciso saber?

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

Mais do que isso, também há relatos de que as embaixadas dos Estados Unidos serviriam como centrais de dados capazes de converter sinais criptografados e oriundos aqui mesmo do Brasil. Algo similar também aconteceria nos Estados Unidos, onde as embaixadas e consulados brasileiros seriam espionados com mais facilidade — por rastreio e interceptação de dados digitais e ligações, por exemplo.

Espionagem no Brasil: por quê?

O Brasil e os Estados Unidos são países com boas relações diplomáticas e muitas relações comerciais. Pensando dessa forma, não haveria qualquer motivo para que as agências de segurança norte-americanas realizassem espionagem no território brasileiro. Mas será que somente países inimigos fazem interceptação de informações?

Greenwald diz que os interesses dos Estados Unidos nas informações brasileiras são comerciais. O Brasil é rico em recursos naturais e isso gera muito dinheiro — pelas reservas de petróleo marinhas e do pré-sal, por exemplo. Ter acesso às informações antes que outros países pode favorecer (e muito) os investidores norte-americanos. Além disso, com esses dados a competição internacional também pode ser vencida mais facilmente.

O que diz o governo brasileiro?

Desde que as primeiras denúncias começaram a ser reveladas, o governo brasileiro já vem mostrando-se contrário à prática da espionagem entre países parceiros (como é o caso do Brasil e dos Estados Unidos). A presidente Dilma Rousseff é cautelosa e afirma que é preciso averiguar com calma todas as denúncias, mas também diz que, se forem comprovadas, estaremos diante de uma “violação à soberania e aos direitos humanos”.

Espionagem americana no Brasil: o que é preciso saber?

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

Depois dessas novas informações, a Presidência afirmou que vai pressionar o Congresso para que o projeto do Marco Civil da Internet seja votado mais rapidamente. Caso aprovado, esse projeto pode fazer com que o fluxo de dados brasileiro seja centralizado em centrais de dados no Brasil, não demandando o envio de um grande fluxo de informações para os Estados Unidos.

Uma comissão do Senado Federal votou e aprovou uma moção de apoio para que Dilma Rousseff possa conceder asilo político a Edward Snowden, que está isolado no Aeroporto de Moscou (Rússia) desde que teve seu passaporte norte-americano suspenso pelas autoridades dos Estados Unidos.

Fonte: A Tarde, O Globo, G1, Observatório de Imprensa , Baixaki

Por que 9 de julho é feriado em São Paulo?

imagesDia 9 de julho é feriado em todo o Estado de São Paulo. Mas por que 9 de julho é feriado? E por que só em São Paulo? Nove de julho, além de ser o nome de uma das principais avenidas da maior cidade da América do Sul, marca o início da chamada Revolução Constitucionalista de 1932. Como o próprio nome diz, a revolução, que acabou com mais de 600 mortes, era uma reivindicação feita pela sociedade paulista por uma nova constituição após a entrada de Getúlio Vargas na Presidência do Brasil.
A data, no entanto, só se tornou feriado em 1997, por determinação do então governador Mário Covas. Conheça a seguir um pouco da história desses voluntários que perderam a guerra, mas conseguiram impor ao novo ditador a redação de uma constituição.

Até 1930, o Brasil passou por um período conhecido como República Velha. A principal característica dessa fase política era a alternância de poder entre as elites paulistas e mineiras, o que criou a chamada “política café com leite”, em alusão aos dois principais produtos destes estados. Assim, a cada quatro anos, ou um paulista ou um mineiro tornava-se presidente da República.
No final da década de 1920, essas forças políticas se tornaram débeis por causa de fatos como as greves operárias da década e o movimento tenentista (dissidência de oficiais do exército). Com a crise na Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, essa elite que dependia economicamente das exportações se enfraqueceu ainda mais.
Na época, havia eleições “diretas” para presidência. Esses votos, no entanto, não eram universais. Além das mulheres não poderem votar, as eleições eram amplamente fraudadas, com a utilização do chamado “voto de cabresto” (quando os líderes políticos vigiavam os votos dos seus eleitores, que não eram secretos). Disputaram o pleito o paulista Júlio Prestes e o gaúcho Getúlio Vargas.
Prestes “ganhou”, mas não levou. Antes da saída do então presidente Washington Luiz do poder, houve o assassinato do candidato a vice-presidência na chapa de Getúlio, João Pessoa, provavelmente fruto de um crime passional. A morte foi o estopim para a Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas tomou o poder.
O governo provisório de Getúlio prometeu uma nova constituição, mas nada ocorreu no primeiro ano. Enquanto isso, principalmente em São Paulo, a resistência ao governo continuou. O movimento se ampliou depois que quatro manifestantes foram mortos por policiais durante um protesto pró-constituição no dia 23 de maio. Mário Martins de Almeida, de 31 anos; Euclydes Bueno Miragaia, de 21; Dráusio Marcondes de Souza, 14 anos, e Antônio Américo de Camargo Andrade, de 30, acabaram tornando-se símbolos do movimento. As iniciais dos seus nomes mais usados formaram a sigla M.M.D.C. (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) e batizou a campanha.
No dia 9 de julho, o ex-candidato Júlio Prestes, com apoio do interventor de São Paulo Pedro de Toledo, deu o estopim para a revolução. O Estado se mobilizou, milhares de pessoas tornaram-se voluntárias, moradores chegaram a doar jóias e ouro pela causa e a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) determinou que várias indústrias produzissem material bélico. No final, São Paulo tinha 40 mil soldados, divididos em três frentes principais de combate: as fronteiras com o sul de Minas Gerais e o norte do Paraná e o Vale do Paraíba.
A desigualdade entre as tropas constitucionalistas e as getulistas era grande. Além de um arsenal menor, o número de soldados paulistas era pequeno em relação aos adversários. O governo federal fez uma campanha contra o movimento difundindo a ideia de que São Paulo queria se separar do Brasil, o que ajudou a angariar voluntários.
A intenção dos paulistas era receber apoio de setores insatisfeitos de outros Estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Esses movimentos, no entanto, foram rapidamente inibidos. Em 3 de outubro, as tropas se renderam, após serem negociadas a anistia para os soldados e o exílio para as lideranças.
Com mais de 600 mortos, principalmente paulistas, a revolução acabou, mas teve como fruto uma nova constituição, promulgada em 1934.

Constituição de 1934

Em 1933, foram eleitos os representantes da Assembleia Constituinte, pela primeira vez, com voto feminino. Em julho de 1934, ela foi promulgada. A Constituição de 1934 teve vários itens progressivos em relação as duas anteriores. As novidades da nova carta foram, entre outras:

· ampliação do princípio da igualdade perante a lei, independente de cor, sexo, idade ou classe social;

· voto secreto e obrigatório para todos os maiores de 18 anos; criação da Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral; 

· nacionalização das riquezas de solo e fontes d´água; 

· proibição do trabalho infantil; 

· criação da jornada de trabalho de oito horas diárias, do descanso semanal remunerado, das férias de 30 dias e da indenização para o trabalhador demitido; 

· regulamentação os sindicatos

A Constituição de 1934 durou cerca de três anos apenas, com o menor tempo de vigência no Brasil até hoje. Em 1937, alegando problemas de segurança nacional, Getúlio Vargas instala o chamado Estado Novo, perseguindo inimigos políticos e abolindo as eleições, por exemplo. A nova Constituição só seria promulgada em 1946, depois da saída do ditador e o estabelecimento de um novo governo, presidido por Eurico Gaspar Dutra.

Fonte: UOL

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Alimentos Transgênicos

{BAF089BA-6A6D-4035-A0A5-D2E42184335C}_alimento transgenicoAtualmente é comum ouvir as expressões "alimento modificado geneticamente", e "transgênicos", que vêm causando muitas dúvidas, divergências de opiniões e gerando enormes polêmicas entre as comunidades científicas, órgãos governamentais e ambientalistas. É de grande importância que a sociedade conheça para adotar uma um posicionamento e decidir se devem ou não consumir estes alimentos modificados geneticamente.

Os alimentos transgênicos são modificados geneticamente em laboratórios com o objetivo de conseguir melhorar a qualidade do produto. Os genes de plantas e animais são manipulados e muitas vezes combinados. Os organismos geneticamente modificados, depois da fase laboratorial, são implantados na agricultura ou na pecuária. Vários países estão adotando este método como forma de aumentar a produção e diminuir seus custos.

Os transgênicos, ou organismos geneticamente modificados, são produtos de cruzamentos que jamais aconteceriam na natureza, como, por exemplo, arroz com bactéria.

Benefícios

  • Saúde: podem ser produzidos alimentos com melhores características nutricionais do que as das espécies naturais.
  • Economia: são conseguidas variedades de cultivos mais resistentes às adversidades (pragas, seca, geadas, etc.), garantindo a produção.
  • Conservação: ao obter cultivos mais resistentes, são reduzidas as intervenções na terra, evitando seu desgaste e o uso de agrotóxicos.
  • Preservação: por meio destas modificações genéticas, pode-se estender a vida útil do alimento.

Malefícios

  • Saúde: os produtos podem produzir alergias em pessoas suscetíveis e resistência aos antibióticos usados pelos seres humanos.
  • Economia: do ponto de vista comercial, estes produtos são os preferidos pelos agricultores, gerando uma dependência das empresas multinacionais que os comercializam.
  • Conservação: causam contaminação genética irreversível. O aparecimento de organismos com maiores aptidões provoca o risco de extinção nas variedades endêmicas ou silvestres.
  • Culturais: as técnicas agrícolas milenares que conviviam de forma equilibrada com o meio ambiente são alteradas.

Símbolo-TransgênicoAtualmente encontramos diversos alimentos com matéria prima à base de transgênicos e desde 2003 existe no Brasil o decreto de rotulagem (4680/2003), que obrigou empresas da área da alimentação, produtores, e quem mais trabalha com venda de alimentos, a identificarem, com um “T” preto, sobre um triangulo amarelo, o alimento com mais de 1% de matéria-prima transgênica.

A resistência das empresas foi grande, e muitas permaneceram sem identificar a presença de transgênicos em seus produtos. O Ministério Público Federal investigou e a justiça determinou que as empresas rotulassem seus produtos, o que começou a ser feito a partir de 2008.

Alimentos-Trangenicos

Baixe: Greenpeace - Manual Transgênico no Brasil (PDF)

Comentário:

O assunto alimentos transgênicos geram muitas dúvidas na questão de segurança, se faz bem à saúde ou não. O importante é sempre procurar conhecer para poder refletir sobre esta questão cada vez mais presente em nosso dia a dia. Na minha opinião tudo que é modificado geneticamente deve ser evitado, estas mudanças vão contra a mãe natureza. O diretor para segurança alimentícia da Organização Mundial da Saúde garante que  "A comida (transgênica) que está hoje no mercado foi estudada e é segura para o consumo" prefiro evitar pois quais serão as consequências daqui a alguns anos.

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