sexta-feira, 24 de junho de 2016

24 DE JUNHO: VIVA SÃO JOÃO BATISTA

Considerado como aquele que preparou o caminho para o Messias, João foi um filho muito desejado por Isabel e Zacarias, ambos já com idade avançada. Segundo a tradição, o anjo Gabriel foi quem deu a notícia a Zacarias dizendo que Isabel haveria de dar à luz um menino, o qual deveria receber o nome de João, que significa "Deus é propício".

Isabel era prima de Maria, que viria ser a mãe de Jesus. Conta-se que, durante uma visita da prima, ao ouvir a saudação de Maria, Isabel sentiu o filho mexer-se no seu ventre, bem como ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: "Bendita és tu, Maria, entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!". Na despedida, as primas combinaram que o nascimento de João seria anunciado com uma fogueira, para que Maria pudesse vir em auxílio de Isabel.

Ainda jovem João perdeu seu pai e passou a cuidar de sua mãe. Quando Isabel morreu, ele doou os seus pertences e foi pregar no deserto, usando roupas de peles de animais, alimentando-se de gafanhotos e fazendo discursos públicos com palavras firmes, incentivando a conversão e o batismo.
Anunciava a vinda do Messias esclarecendo com humildade: "Eu não sou o Cristo" (Jo 3,28) e "Não sou digno de desatar a correia de sua sandália" (Jo 1,27).

O apelido de Batista veio do costume de batizar com água no rio Jordão. Ele batizou o próprio Jesus e o apresentou ao povo com dizendo: "Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo" (Jo 1, 29). Sobre João Batista Jesus declarou: "Jamais surgiu entre os nascidos de mulher alguém maior do que João Batista".

João Batista repreendeu o rei Herodes Antipas por haver tomado por esposa Herodíades, mulher separada de seu meio-irmão, o que lhe custou a prisão e a morte por decapitação, por intervenção da própria Herodíades. Esta, sabendo que o rei satisfaria um pedido de sua filha Salomé, que dançaria para a corte, fez a filha pedir-lhe a cabeça de João Batista.

Nas imagens ele aparece como um menino segurando um cordeiro (anunciando a vinda de Jesus), ou como um jovem pregando no deserto ou ainda batizando Jesus. Nas festas juninas é costume fazer uma fogueira, lembrando aquela feita por seus pais para comunicar o seu nascimento.

Fonte: Uol Educação

quinta-feira, 23 de junho de 2016

PASSAGEM DA FOGUEIRA, FÉ OU CIÊNCIA.

Os festejos juninos são originários do hemisfério norte, onde a chegada do verão ocorre entre os dias 22 e 23 de junho. O verão era recebido pelos povos antigos com vários rituais pagãos em homenagem ao deus Sol, para que ele propiciasse a fertilidade do solo, o crescimento das plantas e a fartura das colheitas. Segundo nos revelam Sky (1989) e Danforth (1989), na Grécia e na Roma antigas, os deuses da colheita eram reverenciados com enormes fogueiras, cantorias e danças.
As fogueiras eram acesas para livrar as plantações dos maus espíritos que podiam impedir a prosperidade. Ferônia, a deusa italiana dos cultos agrários, era homenageada com fogueiras, e os predestinados caminhavam sobre as brasas da fogueira quando o fogo já havia baixado. Toda a família participava deste ritual, para purificar-se dos possíveis males corporais.
As festas juninas foram introduzidas no Brasil pelos portugueses, ainda no século XVI. Aqui, elas sofreram mudanças, com novos costumes sendo acrescentados aos antigos. Alguma região do Brasil mantém-se viva esta antiga tradição de caminhar sobre as brasas da fogueira de São João.
Os devotos tomam a caminhada como um agrado ao santo, que em troca lhes concede o "milagre" de que eles não tenham os seus pés queimados. Entretanto, os próprios devotos alertam para o fato de que a fogueira tem que ser de lenha, de madeira comum e que só deve caminhar quem tiver realmente fé no santo protetor. Na verdade, desde a antiguidade, esta travessia sobre as brasas impressionava vivamente a multidão. O curioso é que as pessoas não se queimam nesta inusitada atividade. É frequente que o padre abençoe os fiéis para que ninguém se machuque durante a caminhada sobre as brasas, tida como uma prova de fé. Também outras religiões creditam um alto valor simbólico a este ato de caminhar sobre brasas, principalmente aquelas que preservam rituais de origem africana.

Explicação Científica do Caminhar sobre Brasas
O fenômeno é explicado pela combinação dos seguintes fatores: baixa condução, isolamento térmico e um curto intervalo de atrito entre o pé e a superfície do braseiro. Se o fenômeno fosse atribuído ao poder da mente ou a fé, poderíamos trocar as brasas por uma chapa de metal quente na mesma temperatura que as brasas. Mas se fizéssemos isso as pessoas queimariam os pés porque, ao contrário das brasas, a chapa metálica tem alta condutividade.
O caminhar sobre brasas é feito geralmente após a temperatura da fogueira já haver esfriado. Ninguém acende a fogueira e começa logo a caminhar. Espalham-se os pedaços de carvão pelo chão e deixam-se os mesmos esfriar por certo tempo. Deste modo, os pedaços de carvão ficarão encobertos por certa quantidade de cinza. A cinza tem uma condução térmica ainda menor que o carvão sólido e reduz, assim, ainda mais, a transmissão do calor das brasas para os pés.  Aqueles que caminham sobre as brasas não gastam muito tempo sobre os pedaços de carvão; eles mantêm-se sempre em movimento. Um tempo de contato de no máximo 1 segundo, com cada pedaço de carvão, parece ser um valor seguro para garantir uma baixa transferência de calor para os pés.
De todo modo, caminhar sobre brasas é um procedimento possível, fisicamente explicável, mas que não deixa de ser bastante arriscado.



Comentário:

Confiar na ciência ou não depende de cada pessoa. Acho muito importante ter fé em Deus e devoção aos Santos, a nossa fé tem que ser sustentada no exemplo de Jesus. Então a questão fé ou ciências sempre estarão presentes buscando uma explicação.
Albert Ap Guarnieri

FESTA DE SÃO JOÃO


Quentão, pipoca, benção, passagem de fiéis pela Fogueira de São João, missa, shows musicais dão a largada para uma das tradicionais festas juninas do interior de São Paulo.
Bocaina deve receber um grande número de turistas  por conta da tradicional Festa de São João Batista.
O evento é conhecido em todo o estado por causa do tapete de brasas, sobre o qual passam os fiéis que querem pagar promessas e reafirmar a fé em São João.
A fogueira é preparada em frente à igreja. Após a badalada dos sinos da igreja à meia-noite, os fiéis fazem orações e, alguns, cruzam descalços os três metros de comprimento da fogueira. Algumas pessoas logo após a travessia pelo braseiro não sofrem nem um tipo de queimadura, outras durante sua passagem aceleram seus passos demonstrando a dor da queimadura.
Pessoas se arriscam para pagar promessas ou expressar a fé cristã. A dor é transformada em renovação para àqueles que são devotos do santo.

Origem
A passagem pela fogueira acontece desde 1891, quando surgiu o município São João Batista da Bocaina. Era feita na fazenda Santana, que deu origem à cidade. Até a década de 40, a fogueira de São João ocorria na zona rural, nas fazendas; posteriormente passou a ser feita dentro da cidade.

História
A tradição de acender fogueira na véspera de São João, dia 23 de junho, é antiga. Diz-se que as primas Isabel e Maria estavam grávidas e, por morarem longe uma da outra, combinaram que a primeira a dar à luz acenderia uma fogueira. A promessa foi cumprida por Isabel quando seu filho João Batista nasceu.



domingo, 19 de junho de 2016

HISTÓRIA DA FESTA JUNINA

Fogueira, bebidas quentes, comidas deliciosas, música, dança e muita animação. Difícil quem não goste de uma boa festa junina. A diversão rola solta e, normalmente, não tem hora para acabar! Muita gente espera ansiosa pelo começo de junho que é quando essas comemorações realmente aparecem por todas as partes. Mas você acha que as festas juninas são originárias do Brasil? Aliás, indo mais a fundo, você sabe como elas surgiram? Você tem noção da história por trás dos itens que compõem essas grandes farras que muitos de nós gostamos de participar? Conheça alguns fatos possivelmente desconhecidos e entenda por que essa é uma das festas mais queridas.

FESTAS JUNINAS

Festa Junina da cidade de Bocaina - SP.

As festas juninas são mais antigas do que todo mundo pensa! Elas surgiram na Antiga Europa, há centenas de anos. Uma das deusas homenageadas era Juno, esposa de Júpiter, e as festas eram chamadas de “junônias”. Da França veio a dança, de Portugal e da Espanha veio a dança com fitas, entre outras culturas que foram se popularizando. Como é de se imaginar, a festa junina foi trazida para o Brasil pelos portugueses durante o período colonial. As festas juninas acontecem em todo canto do país, mas podem ser divididas em dois tipos distintos: aquelas que acontecem na Região Nordeste e aquelas do Brasil caipira (inspiradas nos Estados de São Paulo, região norte do Paraná, região sul de Minas Gerais e Goiás). Elas possuem diferenças e costumes bem diferentes.

OS TRÊS SANTOS
Santo Antônio, São João e São Pedro
Comemorar o mês de junho é um hábito antigo em várias partes do mundo. Antes do nascimento de Jesus, os povos pagãos do Hemisfério Norte celebravam o solstício de verão, o dia mais longo e a noite mais curta do ano, que, lá, acontece em junho. As festas ocorriam para pedir aos deuses a fertilidade da terra e garantir boas colheitas nos meses seguintes. Com o avanço do Cristianismo, a Igreja incorporou a tradição e, no século 6, os ritos da festa do dia do solstício, em 21 de junho, passaram para o dia do nascimento de São João Batista, em 24 de junho. Mais tarde, no século 13, foram incluídas no calendário litúrgico as datas comemorativas de Santo Antônio (dia 13) e São Pedro (dia 29). É por isso que esses três santos são os padroeiros das festas juninas!

SANTO ANTÔNIO é o primeiro dos santos a ser homenageado no mês. Sua festa é comemorada no dia 13 de junho e ele é conhecido como o santo casamenteiro, já que ajudava as moças do século XII a conseguir o dote para realizar o tão sonhado casamento. Padroeiro dos pobres, também é invocado para achar objetos perdidos.

SÃO JOÃO é o mais esperado de todos eles. A festa é realizada no dia 24 de junho e, nesse dia, existem muitas festas pelo Brasil, principalmente no Nordeste. João era filho de Isabel, prima de Maria (mãe de Jesus). Segundo a Igreja Católica, foi ele quem preparou a vinda de Cristo e batizou-o no rio Jordão. É protetor dos casados e enfermos, protegendo contra dor de cabeça e de garganta.

SÃO PEDRO era um dos pescadores discípulos de Jesus e também conhecido como o fundador da Igreja Católica. O catolicismo prega que é Pedro quem tem as chaves do céu. Sua festa é comemorada no final do mês de junho, no dia 29. Com ele, encerra-se as festividades desse mês tão celebrado. É atribuída a ele a responsabilidade de fazer chover e mudar o clima.

BALÕES
Soltar balões é crime
A tradição de soltar balões tem dois significados, a primeira era uma forma de comunicação, para avisar a parentes e vinhos da comunidade que a festa estava por começar. Os mais supersticiosos acreditam que os balões levavam os pedidos para os santos até o céu. Além de ser um perigo para as pessoas, pode causar incêndios de grandes proporções. Soltar balões é proibido em muitos países, inclusive no Brasil. Isso vigora desde 1965, de acordo com o artigo 26 do Código Florestal, porque pode causar incêndios e mortes. Também está no artigo 28 da Lei das Contravenções Penais de 1941. Quem for pego soltando balões pode ir para a cadeia.

FOGUEIRA
Fogueira na cidade de Bocaina - SP
Por trás do calor trazido pela fogueira nas frias noites de inverno, história também não falta. Para os cristão, a fogueira representa o nascimento de São João Batista. Isso porque Santa Isabel teria usado o recurso para avisar a Maria que seu filho ia nascer e de que precisava de ajuda no parto. Os pagãs e indígenas acreditavam que a fogueira protegiam dos maus espíritos, com poder de arrasar plantações inteiras.

QUADRILHA

A quadrilha, dança típica das festas juninas brasileiras,  é carregada de referências caipiras e matutas. Mas sua origem vem de muito longe. A “quadrille” surgiu em Paris, no século XVIII, como uma dança de salão composta por quatro casais. Era dançada pela elite europeia e veio para o Brasil durante o período da Regência (por volta de 1830), onde era febre no ambiente aristocrático. No entanto, nos dias de hoje, ela não é dançada por populares, como era antes. Ela é vista como uma atitude teatral e meramente festiva com um ideal folclórico e até mesmo acadêmico. O grupo composto por pares vestidos de caipira é aberto por um noivo e uma noiva, encenando um casamento fictício.

COMES E BEBES

Uma das principais atrações das festas juninas é a culinária típica. Como o mês de junho é tempo da colheita do milho no Brasil, os pratos mais comuns durante os festejos de junho são feitas a partir do grão. O cardápio das festas juninas é bem grande e saboroso, e variam de acordo com a região,  difícil não ficar com fome em uma festa junina. Milho cozido, pipoca, bolo de fubá cremoso (ou de milho), maçã do amor, pé de moleque, vinho quente, quentão, arroz-doce, canjica, amendoim e muitas outras delícias (normalmente quentinhas, porque essa época do ano é bem fria) são a alma da festa.


Fonte: Mega Curioso e EBC

segunda-feira, 13 de junho de 2016

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA

No dia 13 junho, a Igreja Católica celebra o dia de Santo Antônio de Pádua, um dos santos mais populares, venerado não somente em Pádua, onde foi construída uma basílica que acolhe os restos mortais dele, mas no mundo inteiro. Santo Antônio Nasceu em Lisboa, em uma família nobre, por volta de 1195, e foi batizado com o nome de Fernando. Começou a fazer parte dos cônegos que seguiam a regra monástica de Santo Agostinho, primeiramente no mosteiro de São Vicente, em Lisboa, e depois no da Santa Cruz, em Coimbra, renomado centro cultural de Portugal. Dedicou-se com interesse e solicitude ao estudo da Bíblia e dos Padres da Igreja, adquirindo aquela ciência teológica que o fez frutificar nas atividades de ensino e na pregação. Começou, assim, na Itália e na França, uma atividade apostólica que levou muitas pessoas que haviam se separado da Igreja a retomarem sua participação e engajamento na vida eclesial.
Nomeado como superior provincial dos Frades Menores da Itália Setentrional, Antônio continuou com o ministério da pregação, alternando-o com as tarefas de governo. Antônio nos recorda que a oração precisa de uma atmosfera de silêncio, que não coincide com o afastamento do barulho externo, mas é experiência interior, que procura evitar as distrações provocadas pelas preocupações da alma. Para Santo Antônio, a oração se compõe de quatro atitudes indispensáveis que, no latim, definem-se como: obsecratio, oratio, postulatio, gratiarum actio. (Extraído e adaptado da Catequese do Papa Bento XVI no dia 10 de fevereiro de 2010).

Santo casamenteiro
Assim é invocado pelas pessoas que desejam se casar e lembrado pelo nosso folclore. Certa senhora, no desespero da miséria a que fora reduzida, decidiu valer-se da filha, prostituindo-a, para sair do atoleiro. Rezava com grande confiança e muitas lágrimas diante da imagem quando, das mãos do Santo, caiu um bilhete que foi parar nas mãos da moça. Estava endereçado a um comerciante da cidade e dizia: "Senhor N..., queira obsequiar esta jovem que lhe entrega este bilhete com tantas moedas de prata quanto o peso do mesmo papel. A jovem não duvidou e correu com o bilhete na mão à loja do comerciante. Daí por diante, as moças começaram a recorrer a Santo Antônio sempre que se tratava de casamento.

Santo das coisas perdidas
Esta tradição é antiquíssima, encontrando-se menção dela no famoso responsório "Si quaeris miracula", extraído do ofício rimado de Juliano de Espira. A crença pode estar ligada a episódios da vida de Santo Antônio como este: Quando ensinava teologia aos frades em Montpeilier, na França, um noviço fugiu da Ordem levando consigo o Saltério de Frei Antônio, com preciosas anotações pessoais que utilizava nas suas lições.

O "pão dos pobres"
Essa prática consiste em doações para prover de pão os pobres, honrando assim o "protetor dos pobres" que é Santo Antônio. Uma tradição liga essa obra ao episódio de uma mãe cujo filho se afogou dentro de um tanque, mas recuperou a vida graças a Santo Antônio. A mulher prometera que, se o filho recuperasse a vida, daria uma porção de trigo igual ao peso do menino. Por isso, no começo, esta obra foi conhecida como a obra do "pondus pueri" (peso do menino). Outra tradição relaciona a obra do pão dos pobres com uma senhora de Tbulon, chamada Luísa Bouffier. Fez, então, uma promessa ao santo: se conseguisse abrir a porta sem arrombá-la, doaria aos pobres uma quantia de pães. Daí por diante, as petições ao santo foram se multiplicando em diferentes necessidades. A benéfica obra do "pão dos pobres" teve extraordinário desenvolvimento, com diferentes modalidades, e hoje é conhecida em toda parte.