Considerado
como aquele que preparou o caminho para o Messias, João foi um filho muito
desejado por Isabel e Zacarias, ambos já com idade avançada. Segundo a
tradição, o anjo Gabriel foi quem deu a notícia a Zacarias dizendo que Isabel
haveria de dar à luz um menino, o qual deveria receber o nome de João, que
significa "Deus é propício".
Isabel era prima de
Maria, que viria ser a mãe de Jesus. Conta-se que, durante uma visita da prima,
ao ouvir a saudação de Maria, Isabel sentiu o filho mexer-se no seu ventre, bem
como ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou:
"Bendita és tu, Maria, entre as mulheres e bendito é o fruto do teu
ventre!". Na despedida, as primas combinaram que o nascimento de João
seria anunciado com uma fogueira, para que Maria pudesse vir em auxílio de
Isabel.
Ainda jovem João
perdeu seu pai e passou a cuidar de sua mãe. Quando Isabel morreu, ele doou os
seus pertences e foi pregar no deserto, usando roupas de peles de animais,
alimentando-se de gafanhotos e fazendo discursos públicos com palavras firmes,
incentivando a conversão e o batismo.
Anunciava a vinda
do Messias esclarecendo com humildade: "Eu não sou o Cristo" (Jo
3,28) e "Não sou digno de desatar a correia de sua sandália" (Jo
1,27).
O apelido de
Batista veio do costume de batizar com água no rio Jordão. Ele batizou o
próprio Jesus e o apresentou ao povo com dizendo: "Eis o Cordeiro de Deus
que tira os pecados do mundo" (Jo 1, 29). Sobre João Batista Jesus
declarou: "Jamais surgiu entre os nascidos de mulher alguém maior do que
João Batista".
João Batista
repreendeu o rei Herodes Antipas por haver tomado por esposa Herodíades, mulher
separada de seu meio-irmão, o que lhe custou a prisão e a morte por
decapitação, por intervenção da própria Herodíades. Esta, sabendo que o rei
satisfaria um pedido de sua filha Salomé, que dançaria para a corte, fez a
filha pedir-lhe a cabeça de João Batista.
Nas imagens ele
aparece como um menino segurando um cordeiro (anunciando a vinda de Jesus), ou
como um jovem pregando no deserto ou ainda batizando Jesus. Nas festas juninas
é costume fazer uma fogueira, lembrando aquela feita por seus pais para
comunicar o seu nascimento.
Fonte: Uol Educação