sábado, 21 de abril de 2012

Polícia investiga denúncia de racismo na Unesp Araraquara


Um grupo formado por dez estudantes da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Araraquara registrou um boletim de ocorrência no 4º DP da cidade para denunciar um ato de racismo ocorrido no campus. 
De acordo com o delegado Antônio Luiz de Andrade, responsável pelo caso, os jovens denunciavam uma inscrição preconceituosa feita em um muro que fica dentro da Unesp. A frase diz “Sem cotas para os animais africanos”. 
Os estudantes são beneficiários do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), do Governo Federal, que oferece intercâmbio para alunos de Países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais. 
De acordo com Andrade, a pena para crimes de preconceito varia de um a três anos de prisão. 
Para ele porém, será difícil identificar o autor da frase, já que não há provas técnicas que apontem um culpado. 
— Esperamos que alguma testemunha se apresente, pois assim o culpado será punido e novas ações como essa poderão ser evitadas. 
A faculdade de ciências e letras da Unesp de Araraquara divulgou uma nota informando que já nomeou uma comissão preliminar para apuração dos fatos. A unidade também informou que notificaria o ocorrido à Polícia Civil, à Polícia Federal e ao Ministério Público local. 
De acordo com Dagoberto José Fonseca, professor da instituição que acompanha o grupo de africanos, alguns estudantes da instituição já haviam relatado que, nos últimos dois anos, inscrições de grupos neonazistas têm sido vistas nos banheiros masculinos no campus. 
— Isso mostra que o preconceito ainda é muito presente em nosso país. Com essa denúncia queremos também garantir mais segurança aos estudantes africanos, já que a agressão escrita pode evoluir e causar algum ato violento. 
Segundo Fonseca, ainda essa semana será feita uma reunião com a Polícia Federal, que também deve apurar o caso.
Comentário:
Estas pessoas que praticaram este crime devem ser jugadados como verdadeiros criminosos, pois ninguém dá o direito a eles de jugarem ninguém, pois todos somos iguais. É horripilante qualquer que seja a forma de preconceito.

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