sexta-feira, 22 de abril de 2016

22 DE ABRIL - DIA DA TERRA

Hoje é o dia da Terra, a data é importantíssima para lembrarmos do quão unidos estamos (ou deveríamos estar) na defesa do nosso planeta azul. Principalmente em tempos de mudanças climáticas, frente aos inúmeros danos que temos causado cronicamente sob sua superfície. A data foi criada nos Estados Unidos na década de 70, a partir de um protesto contra a poluição, organizado pelo então senador Gaylord Nelson. A repercussão foi tamanha que a data se internacionalizou em meados dos anos 90, sendo celebrada em diversos países que se conscientizaram da importância da preservação do planeta. As previsões que temos tido não são lá muito favoráveis, chamando a todos os seres humanos a buscar atitudes mais conscientes e sustentáveis. Claro que nada acontecerá da noite para o dia, mas várias pequenas mudanças no nosso dia a dia já fazem uma grande diferença. Os três Rs reutilizar, reduzir e reciclar – são atitudes básicas que podem ser aplicadas ao   dia a dia gradativamente: basta ter vontade de colaborar, ajudando o planeta! 
Um dos problemas ambientais mais graves refere-se à imensa quantidade de lixo que temos gerado, que provoca o efeito estufa, poluições, doenças, etc. Cuidado ao descartar bens eletrônicos, móveis e óleo: eles entopem esgotos, causando enchentes, contaminam e poluem bastante o meio ambiente pois sua deteriorização é complicada. Por isso, já existem centros específicos para descartá-los.
A data é uma ótima oportunidade para refletir junto com os filhos, sobrinhos, netos sobre a educação ambiental, bem como outras ações que podemos colocar em prática para preservar o nosso planeta.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

TIRADENTES VIGARISTA E MENTIROSO

Ele estava muito bem vivo, um ano depois, em Paris. O feriado de 21 de abril é fruto de uma história fabricada que criou Tiradentes como bode expiatório, que levaria a culpa pelo movimento da Inconfidência Mineira. Quem morreu no lugar dele foi um ladrão chamado Isidro Gouveia. Tiradentes foi sentenciado à morte e foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, no local chamado Campo da Lampadosa, que hoje é conhecido como a Praça Tiradentes (na verdade, Avenida Presidente Vargas). Com a Proclamação da República, precisava ser criada uma nova identidade nacional. Pensou-se em eternizar Marechal Deodoro, mas o escolhido foi Tiradentes. Ele era de Minas Gerais, estado que tinha na época a maior força republicana e era um polo comercial muito forte. Jogaram ao povo uma imagem de Tiradentes parecida com a de Cristo e era o que bastava: um “Cristo da Multidão”. Transformaram-no em herói nacional cuja figura e história “construída” agradava tanto à elite quanto ao povo.

A vida dele em poucas palavras
Tiradentes nasceu em 1746 na Fazenda do Pombal, entre São José e São João Del Rei (MG). Era filho de um pequeno fazendeiro. Ficou órfão de mãe aos nove anos e perdeu o pai aos 11. Não chegou a concluir o curso primário. Foi morar com seu padrinho, Sebastião Ferreira Dantas, um cirurgião que lhe deu ensinamentos de Medicina e Odontologia. Ainda jovem, ficou conhecido pela habilidade com que arrancava os dentes estragados das pessoas. Daí veio o apelido de Tira-dentes. Em 1780, tornou-se um soldado e, um ano à frente, foi promovido a alferes. Nesta mesma época, envolveu-se na Inconfidência Mineira contra a Coroa portuguesa, que explorava o ouro encontrado em Minas Gerais. Tiradentes foi iniciado na maçonaria pelo poeta e juiz Cruz e Silva, amigo de vários inconfidentes. Tiradentes teria salvado a vida de Cruz e Silva, não se sabe em que circunstâncias.

Tiradentes, maçonaria e a Inconfidência Mineira
Como era um simples alferes (patente igual à de tenente), não lideraria coronéis, brigadeiros, padres e desembargadores, que eram os verdadeiros líderes do movimento. Semi-alfabetizado, é muito provável que nunca esteve plenamente a par dos planos e objetivos do movimento. Em todos os movimentos libertários acontecidos no Brasil, durante os séculos XVIII e XIX, era comum o "dedo da maçonaria". E Tiradentes foi maçom, mas estava longe de acompanhar os maçons envolvidos na Inconfidência, porque esses eram cultos, e em sua grande parte, estudantes que haviam recentemente regressado "formados” da cidade de Coimbra, em Portugal.
Uma das evidências documentais da participação da Maçonaria são as cartas de denúncia existentes nos autos da Devassa, informando que maçons estavam envolvidos nos conluios.
Os maçons brasileiros foram encorajados na tentativa de libertação, pela história dos Estados Unidos da América, onde saíram vitoriosos - mesmo em luta desigual - os maçons norte-americanos George Washington, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson. Também é possivel comprovar a participação da Maçonaria na Inconfidência Mineira, sob o pavilhão e o dístico maçônico do Libertas quae sera tamen, que adorna o triângulo perfeito, com este fragmento de Virgílio (Éclogas,I,27) Tiradentes era um dos poucos inconfidentes que não tinha família. Tinha apenas uma filha ilegítima e traçava planos para casar-se com a sobrinha de um padre chamado Rolim, por motivos econômicos. Ele era, então, de todo o grupo, aquele considerado como uma “codorna no chão”, o mais frágil dos inconfidentes. Sem família e sem dinheiro, querendo abocanhar as riquezas do padre. Era o de menor preparo cultural e poucos amigos. Portanto, a melhor escolha para desempenhar o papel de um bode expiatório que livraria da morte os verdadeiros chefes.
E foi assim que foi armada a traição, em 15 de março de 1989, com o Silvério dos Reis indo ao Palácio do governador e denunciando o Tiradentes. Ele foi preso no Rio de Janeiro, na Cadeia Velha, e seu julgamento prolongou-se por dois anos. Durante todo o processo, ele admitiu voluntariamente ser o líder do movimento, porque tinha a promessa que livrariam a sua cabeça na hipótese de uma condenação por pena de morte. Em 21 de abril de 1792, com ajuda de companheiros da maçonaria, foi trocado por um ladrão, o carpinteiro Isidro Gouveia. O ladrão havia sido condenado à morte em 1790 e assumiu a identidade de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família, oferecida a ele pela maçonaria. Gouveia foi conduzido ao cadafalso e testemunhas que presenciaram a sua morte se diziam surpresas porque ele aparentava ter bem menos que seus 45 anos. No livro, de 1811, de autoria de Hipólito da Costa ("Narrativa da Perseguição") é documentada a diferença física de Tiradentes com o que foi executado em 21 de abril de 1792. O escritor Martim Francisco Ribeiro de Andrada III escreveu no livro "Contribuindo", de 1921: "Ninguém, por ocasião do suplício, lhe viu o rosto, e até hoje se discute se ele era feio ou bonito...".
O corpo do ladrão Gouveia foi esquartejado e os pedaços espalhados pela estrada até Vila Rica (MG), cidade onde o movimento se desenvolveu. A cabeça não foi encontrada, uma vez que sumiram com ela para não ser descoberta a farsa. Os demais inconfidentes foram condenados ao exílio ou absolvidos.

A descoberta da farsa
Há 44 anos (1969), o historiador carioca Marcos Correa estava em Lisboa quando viu fotocópias de uma lista de presença na galeria da Assembléia Nacional francesa de 1793. Correa pesquisava sobre José Bonifácio de Andrada e Silva e acabou encontrando a assinatura que era o objeto de suas pesquisas. Próximo à assinatura de José Bonifácio, também aparecia a de um certo Antônio Xavier da Silva.
Correa era funcionário do Banco do Brasil , se formara em grafotécnica e, por um acaso do destino, havia estudado muito a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Concluiu que as semelhanças eram impressionantes.
Tiradentes teria embarcado incógnito, com a ajuda dos irmãos maçons, na nau Golfinho, em agosto de 1792, com destino a Lisboa. Junto com Tiradentes seguiu sua namorada, conhecida como Perpétua Mineira e os filhos do ladrão morto Isidro Gouveia. Em uma carta que foi encontrada na Torre do Tombo, em Lisboa, existe a narração do autor, desembargador Simão Sardinha, na qual diz ter-se encontrado, na Rua do Ouro, em dezembro no ano de 1792, com alguém muito parecido com Tiradentes, a quem conhecera no Brasil, e que ao reconhecê-lo saiu correndo. Há relatos que 14 anos depois, em 1806, Tiradentes teria voltado ao Brasil quando abriu uma botica na casa da namorada Perpétua Mineira, na rua dos Latoeiros (hoje Gonçalves Dias) e que morreu em 1818. Em 1822, Tiradentes foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira e, em 1865, proclamado Patrono Cívico da nação brasileira.

Fonte: Guilhobel Aurélio Camargo

Comentário:
A História contada errada são mentiras perigosas que atrasaram em muito a nossa evolução humana. Uma real falta de responsabilidade!
Albert Ap Guarnieri
aag@folha.com.br

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Dica de Filme: A Cura

Erik (Brad Renfro) é um garoto solitário que atravessa todas as barreiras que o preconceito ergueu e se torna amigo do seu vizinho Dexter (Joseph Mazzello), que tem AIDS. Erik se torna muito ligado a Linda (Annabella Sciorra), a mãe de Dexter, e na verdade fica mais próximo dela que da sua própria mãe, Gail (Diana Scarwid), que é negligente com ele e quase nunca lhe dá atenção. Quando os dois garotos lêem que um médico de Nova Orleans descobriu a cura da AIDS, tentam chegar até ele para conseguir a cura.


Comentário:

Mesmo sendo um filme lançado em 18 de agosto de 1995, é um filme muito bom que chega a emocionar. A questão da AIDS é tratada de forma séria, mas ao mesmo tempo é mostrada de forma que Dexter, o personagem que possui a doença, não deixe de viver por culpa dela. O preconceito existente à doença também é retratado, principalmente pela postura tomada pelos garotos e pela própria vizinhança de Dexter e sua mãe. A amizade entre Dexter e Erik e o melhor do filme, uma amizade que no começo com a dúvida e o preconceito e aos poucos vai se transformando em uma jornada em busca de salvar a vida de um amigo, tentando de todas as formas encontrar algo que possa mantê-lo vivo.

Albert Ap Guarnieri
aag@r7.com

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Por que as pessoas têm medo de palhaços?

Os palhaços são verdadeiras entidades personificadas por atores no mundo todo, comumente encontrados em circos, em grupos teatrais ou em outras reuniões cômicas, que têm a missão de levar alegria ao coração das pessoas. Os personagens são famosos por usarem vestimentas coloridas, geralmente de tamanhos muito exagerados, além de terem as faces maquiadas com tinta branca, sempre com as sobrancelhas e outros detalhes ressaltados.
Talvez a maior de todas as características da classe, a qual pode apontar de longe que estamos frente a um palhaço, seja o uso de um nariz vermelho. No entanto, os simpáticos personagens representados pelo uso de um nariz na cor vermelha podem causar em várias pessoas, um efeito muito adverso ao humor, que é o medo. Para ser mais exato, há crianças (e mesmo adultos) que carregam consigo verdadeiro pavor da figura circense.
E essa ocorrência é tão comum, que alguns autores já utilizaram os palhaços para estamparem obras de terror. Clinicamente, as pessoas que sofrem de medo agudo dos palhaços são diagnosticadas pela síndrome denominada coulrofobia.
Como a maioria dos distúrbios que trazem pavor de alguma determinada coisa (como é o caso de pessoas que odeiam alguns sons), a coulrofobia também pode ser causada por alguma experiência traumática na infância. No entanto, o número de indivíduos que realmente sofre de uma situação médica relacionada a pânico intenso não é tão expressivo assim. O que acontece na maioria dos casos, é que as pessoas simplesmente odeiam palhaços!
Fonte: MegaCurioso
Comentário:
Eu tenho certo desconforto de estar próximo a um palhaço, definitivamente não consigo achar graça nenhuma neles. Prefiro manter uma boa distância deles, chega a ser humilhante em algumas vezes porque as pessoas não entendem.
Albert Ap Guarnieri
aag@folha.com.br

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Por que 1º de abril é o dia da mentira?

A brincadeira surgiu na França, no reinado de Carlos IX (1560-1574). Desde o começo do século XVI, o ano- novo era comemorado em 25 de março, com a chegada da primavera. As festas, que incluíam troca de presentes e animados bailes noite adentro, duravam uma semana, terminando em 1º de abril. Em 1562, porém, o papa Gregório XIII (1502-1585) instituiu um novo calendário para todo o mundo cristão - o chamado calendário gregoriano - em que o ano-novo caía em 1º de janeiro. O rei francês só seguiu o decreto papal dois anos depois, em 1564, e, mesmo assim, os franceses que resistiram à mudança, ou a ignoraram ou a esqueceram, mantiveram a comemoração na antiga data. Alguns gozadores começaram a ridicularizar esse apego enviando aos conservadores adeptos do calendário anterior - apelidados de "bobos de abril" - presentes estranhos e convites para festas inexistentes. Com o tempo, a galhofa firmou-se em todo o país, de onde, cerca de 200 anos depois, migrou para a Inglaterra e daí para o mundo.

Fonte: Mundo Estranho