terça-feira, 24 de junho de 2014

24 de Junho: Viva São João Batista

SSSSSSSSSSSSSSConsiderado como aquele que preparou o caminho para o Messias, João foi um filho muito desejado por Isabel e Zacarias, ambos já com idade avançada. Segundo a tradição, o anjo Gabriel foi quem deu a notícia a Zacarias dizendo que Isabel haveria de dar à luz um menino, o qual deveria receber o nome de João, que significa "Deus é propício".

Isabel era prima de Maria, que viria ser a mãe de Jesus. Conta-se que, durante uma visita da prima, ao ouvir a saudação de Maria, Isabel sentiu o filho mexer-se no seu ventre, bem como ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: "Bendita és tu, Maria, entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!". Na despedida, as primas combinaram que o nascimento de João seria anunciado com uma fogueira, para que Maria pudesse vir em auxílio de Isabel.

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Ainda jovem João perdeu seu pai e passou a cuidar de sua mãe. Quando Isabel morreu, ele doou os seus pertences e foi pregar no deserto, usando roupas de peles de animais, alimentando-se de gafanhotos e fazendo discursos públicos com palavras firmes, incentivando a conversão e o batismo.

Anunciava a vinda do Messias esclarecendo com humildade: "Eu não sou o Cristo" (Jo 3,28) e "Não sou digno de desatar a correia de sua sandália" (Jo 1,27).

O apelido de Batista veio do costume de batizar com água no rio Jordão. Ele batizou o próprio Jesus e o apresentou ao povo com dizendo: "Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo" (Jo 1, 29). Sobre João Batista Jesus declarou: "Jamais surgiu entre os nascidos de mulher alguém maior do que João Batista". Benedito_Calixto_-_Degolação_de_São_João_Batista

João Batista repreendeu o rei Herodes Antipas por haver tomado por esposa Herodíades, mulher separada de seu meio-irmão, o que lhe custou a prisão e a morte por decapitação, por intervenção da própria Herodíades. Esta, sabendo que o rei satisfaria um pedido de sua filha Salomé, que dançaria para a corte, fez a filha pedir-lhe a cabeça de João Batista.

Nas imagens ele aparece como um menino segurando um cordeiro (anunciando a vinda de Jesus), ou como um jovem pregando no deserto ou ainda batizando Jesus. Nas festas juninas é costume fazer uma fogueira, lembrando aquela feita por seus pais para comunicar o seu nascimento.

Fonte: Uol Educação

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Caminhar sobre Brasas fé ou ciências

passagem-fogueira-bocaina-junho-2013-indexO fenômeno é explicado pela combinação dos seguintes fatores: baixa condução, isolamento térmico e um curto intervalo de atrito entre o pé e a superfície do braseiro. Se o fenômeno fosse atribuído ao poder da mente ou a fé, poderíamos trocar as brasas por uma chapa de metal quente na mesma temperatura que as brasas. Mas se fizéssemos isso as pessoas queimariam os pés porque, ao contrário das brasas, a chapa metálica tem alta condutividade.

O caminhar sobre brasas é feito geralmente após a temperatura da fogueira já haver esfriado um pouco. Ninguém acende a fogueira e começa logo a caminhar. Espalham-se os pedaços de carvão pelo chão. Deste modo, os pedaços de carvão ficarão encobertos por certa quantidade de cinza. A cinza tem uma condução térmica ainda menor que o carvão sólido e reduz, assim, ainda mais, a transmissão do calor das brasas para os pés.  Aqueles que caminham sobre as brasas não gastam muito tempo sobre os pedaços de carvão; eles mantêm-se sempre em movimento. Um tempo de contato de no máximo 1 segundo, com cada pedaço de carvão, parece ser um valor seguro para garantir uma baixa transferência de calor para os pés.

De todo modo, caminhar sobre brasas é um procedimento possível, fisicamente explicável, mas que não deixa de ser bastante arriscado.

Fonte: Física e Astronomia.

Comentário:

Confiar na ciência ou não depende de cada pessoa. Acho muito importante ter fé em Deus e devoção aos Santos, mas a nossa fé não pode ser sustentada em exemplos tão frágeis como esse. A nossa fé tem que ser sustentada no exemplo de Jesus. Então a questão fé ou ciências sempre estarão presentes buscando uma explicação.

Albert Ap. Guarnieri
aag@folha.com.br

FESTA DE SÃO JOÃO

passagem-fogueira-bocaina-junho-2013-indexQuentão, pipoca, benção, passagem de fiéis pela Fogueira de São João, missa, shows musicais dão a largada para uma das tradicionais festas juninas do interior de São Paulo.

Bocaina hoje (23 de Junho) deve receber mais de 8 mil turistas por conta da tradicional Festa de São João Batista.

O evento é conhecido em todo o estado por causa do tapete de brasas, sobre o qual passam os fiéis que querem pagar promessas e reafirmar a fé em São João.

A fogueira é preparada em frente à igreja. Após a badalada dos sinos da igreja à meia-noite, os fiéis fazem orações e, alguns, cruzam descalços os três metros de comprimento da fogueira. Algumas pessoas logo após a travessia pelo braseiro não sofrem nem um tipo de queimadura, outras durante sua passagem aceleram seus passos demonstrando a dor da queimadura.

Pessoas se arriscam para pagar promessas ou expressar a fé cristã. A dor é transformada em renovação para àqueles que são devotos do santo.

Origem

A passagem pela fogueira acontece desde 1891, quando surgiu o município São João Batista da Bocaina. Era feita na fazenda Santana, que deu origem à cidade. Até a década de 40, a fogueira de São João ocorria na zona rural, nas fazendas; posteriormente passou a ser feita dentro da cidade.

História

A tradição de acender fogueira na véspera de São João, dia 23 de junho, é antiga. Diz-se que as primas Isabel e Maria estavam grávidas e, por morarem longe uma da outra, combinaram que a primeira a dar à luz acenderia uma fogueira. A promessa foi cumprida por Isabel quando seu filho João Batista nasceu.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Santo Antônio de Pádua

downloadNo dia 13 junho, a Igreja Católica celebra o dia de Santo Antônio de Pádua, um dos santos mais populares, venerado não somente em Pádua, onde foi construída uma basílica que acolhe os restos mortais dele, mas no mundo inteiro. Santo Antônio Nasceu em Lisboa, em uma família nobre, por volta de 1195, e foi batizado com o nome de Fernando. Começou a fazer parte dos cônegos que seguiam a regra monástica de Santo Agostinho, primeiramente no mosteiro de São Vicente, em Lisboa, e depois no da Santa Cruz, em Coimbra, renomado centro cultural de Portugal. Dedicou-se com interesse e solicitude ao estudo da Bíblia e dos Padres da Igreja, adquirindo aquela ciência teológica que o fez frutificar nas atividades de ensino e na pregação.

Começou, assim, na Itália e na França, uma atividade apostólica que levou muitas pessoas que haviam se separado da Igreja a retomarem sua participação e engajamento na vida eclesial.

Nomeado como superior provincial dos Frades Menores da Itália Setentrional, Antônio continuou com o ministério da pregação, alternando-o com as tarefas de governo. Antônio nos recorda que a oração precisa de uma atmosfera de silêncio, que não coincide com o afastamento do barulho externo, mas é experiência interior, que procura evitar as distrações provocadas pelas preocupações da alma. Para Santo Antônio, a oração se compõe de quatro atitudes indispensáveis que, no latim, definem-se como: obsecratio, oratio, postulatio, gratiarum actio. (Extraído e adaptado da Catequese do Papa Bento XVI no dia 10 de fevereiro de 2010)

Santo casamenteiro

Assim é invocado pelas pessoas que desejam se casar e lembrado pelo nosso folclore. Certa senhora, no desespero da miséria a que fora reduzida, decidiu valer-se da filha, prostituindo-a, para sair do atoleiro. Rezava com grande confiança e muitas lágrimas diante da imagem quando, das mãos do Santo, caiu um bilhete que foi parar nas mãos da moça. Estava endereçado a um comerciante da cidade e dizia: "Senhor N..., queira obsequiar esta jovem que lhe entrega este bilhete com tantas moedas de prata quanto o peso do mesmo papel. A jovem não duvidou e correu com o bilhete na mão à loja do comerciante. Daí por diante, as moças começaram a recorrer a Santo Antônio sempre que se tratava de casamento.

Santo das coisas perdidas

Esta tradição é antiquíssima, encontrando-se menção dela no famoso responsório "Si quaeris miracula", extraído do ofício rimado de Juliano de Espira. A crença pode estar ligada a episódios da vida de Santo Antônio como este: Quando ensinava teologia aos frades em Montpeilier, na França, um noviço fugiu da Ordem levando consigo o Saltério de Frei Antônio, com preciosas anotações pessoais que utilizava nas suas lições.

O "pão dos pobres"

Essa prática consiste em doações para prover de pão os pobres, honrando assim o "protetor dos pobres" que é Santo Antônio. Uma tradição liga essa obra ao episódio de uma mãe cujo filho se afogou dentro de um tanque, mas recuperou a vida graças a Santo Antônio. A mulher prometera que, se o filho recuperasse a vida, daria uma porção de trigo igual ao peso do menino. Por isso, no começo, esta obra foi conhecida como a obra do "pondus pueri" (peso do menino). Outra tradição relaciona a obra do pão dos pobres com uma senhora de Tbulon, chamada Luísa Bouffier. Fez, então, uma promessa ao santo: se conseguisse abrir a porta sem arrombá-la, doaria aos pobres uma quantia de pães. Daí por diante, as petições ao santo foram se multiplicando em diferentes necessidades. A benéfica obra do "pão dos pobres" teve extraordinário desenvolvimento, com diferentes modalidades, e hoje é conhecida em toda parte.